05/08/25
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou a registrar erros de português em um despacho, desta vez publicado nesta segunda-feira (4), no processo que determinou medidas cautelares contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Situação semelhante já havia ocorrido em decisão anterior, que estabeleceu o uso de tornozeleira eletrônica pelo ex-mandatário.
Na página 23 do documento, Moraes escreveu: “As condutas de Jair Messias Bolsonaro desrespeitando, deliberadamente, às (sic) decisões proferidas por esta Suprema Corte, demonstra (sic) a necessidade e adequação de medidas mais gravosas de modo a evitar a contínua reiteração delitiva do réu”. O uso inadequado da crase e a discordância verbal chamaram atenção.
Outro deslize aparece na página 20, onde faltou o uso de hífen e houve omissão de crase: “A participação dissimulada de Jair Messias Bolsonaro, preparando material pré fabricado (sic) para divulgação nas redes sociais, demonstrou claramente que manteve a conduta ilícita de tentar coagir o Supremo Tribunal Federal e obstruir a Justiça, em flagrante desrespeito as (sic) medidas cautelares anteriormente impostas”. O mesmo problema com o hífen é repetido duas vezes na página 11.
Na página 9, o equívoco foi no uso do plural: “Na presente hipótese, na veiculação pelas redes sociais de discurso proferido por Jair Bolsonaro na Câmara do Deputado (sic) por seu filho, também investigado, momentos após o acontecimento, constata-se a tentativa de burlar a medida cautelar”.
Em decisão de 24 de junho, o ministro já havia sido alvo de críticas por substituir, indevidamente, a conjunção adversativa “mas” pela palavra “mais” na frase “a Justiça é cega mais não é tola”. No despacho desta semana, no entanto, o trecho foi redigido corretamente.