06/08/25
Declarações do empresário Carlos Cachoeira lançaram holofotes sobre a trajetória política do senador Wilder Morais (PL-GO). Em uma publicação nas redes sociais intitulada “Wilder Morais: o solitário deserto de decência”, o contraventor goiano afirma que o senador “vendeu a própria família em troca do Senado Federal”, em referência a um suposto acordo que teria garantido sua nomeação como suplente do então senador Demóstenes Torres (DEM-GO).
Segundo Cachoeira, foi ele quem articulou junto a Demóstenes para que Wilder fosse escolhido como primeiro suplente — mesmo já mantendo um relacionamento com Andressa Mendonça, então esposa de Wilder. A acusação sugere que o atual senador teria ignorado o envolvimento da mulher com Cachoeira em nome de um projeto político mais ambicioso: garantir sua vaga no Senado, o que se concretizou com a cassação de Demóstenes em 2012.
As alegações, embora vindas de uma figura marcada por escândalos, trazem à tona uma suposta mistura de interesses pessoais e ambição política. Caso verídicas, indicariam que Wilder estaria disposto a sacrificar relações familiares em nome do poder, revelando uma faceta pouco compatível com os discursos que hoje profere em defesa da moral e dos bons costumes.
A situação contrasta com a imagem que o senador tenta construir como símbolo da “família tradicional” no bolsonarismo. Além do episódio relatado por Cachoeira, Wilder também enfrentou disputas judiciais por pensão alimentícia e foi acusado publicamente pela ex-esposa de abandono parental — episódios que, juntos, colocam em xeque a coerência entre o discurso político e a prática pessoal do parlamentar.