Goiânia, 26/08/2025
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Vilmar Mariano é condenado à inelegibilidade por oito anos por abuso de poder político

07/08/25

A Justiça Eleitoral de Goiás condenou o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Vilmar Mariano (União Brasil), à inelegibilidade por oito anos e ao pagamento de multa de R$ 30 mil por abuso de poder político nas eleições de 2024. A decisão, assinada pela juíza Christiane Gomes Falcão Wayne, também atinge a ex-primeira-dama e ex-secretária de Assistência Social, Sulnara Gomes Santana, sob a acusação de uso da máquina pública para pressionar servidores comissionados a apoiar candidaturas aliadas ao ex-prefeito.

Segundo a sentença, Sulnara usou a estrutura da Secretaria de Assistência Social para promover exonerações e ameaças a servidores que não apoiavam a chapa formada por Professor Alcides Ribeiro e Max Menezes. Entre junho e agosto de 2024, foram feitas 680 mudanças em cargos comissionados — cerca de 15% do total. Gravações anexadas ao processo mostram Sulnara condicionando a permanência de servidores à lealdade ao grupo político de Vilmar. Para a juíza, ficou caracterizada uma prática de coação política e retaliação pré-eleitoral.

A ação foi movida pela coligação “Para Aparecida Seguir Avançando”, do atual prefeito Leandro Vilela (MDB) e do vice João Campos (Podemos). A magistrada afastou, no entanto, a tese de abuso de poder econômico por falta de provas sobre uso de recursos materiais ou financeiros da prefeitura na campanha. Também foram absolvidos Professor Alcides, Max Menezes e Olair Silva Gomes (PRD), por não haver comprovação de que tivessem conhecimento ou participação nas pressões exercidas.

Vilmar classificou a decisão como “perseguição política” e disse estar confiante na reversão do caso. “Não há fundamentação nesse processo. Eu, particularmente, nem apareço”, afirmou ao jornal O Popular. Seu advogado, Leonardo Batista, criticou a sentença, alegando que ela se baseia apenas em atos administrativos formais e prometeu recorrer. Apesar da condenação, Vilmar afirma que pretende disputar as eleições de 2026.


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