Caiado cobra Câmara por anistia a Bolsonaro: “Se há maioria, que vote”

Durante reunião com governadores em Brasília nesta quinta-feira (7/8), o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) voltou a fazer críticas contundentes ao Congresso Nacional e ao Palácio do Planalto. Caiado cobrou da Câmara dos Deputados a votação imediata da anistia aos investigados pelos atos de 8 de janeiro e ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo ele, a existência de maioria parlamentar favorável já justificaria a inclusão do projeto na pauta. “Quem pauta é a maioria. Se tem maioria, que paute e vote. Esse é o sistema democrático”, declarou.

Caiado também criticou o Congresso Nacional por não respeitar a vontade dos parlamentares.  “Não cabe alguém querer refutar a vontade da maioria. A maioria assinou o requerimento de urgência. A matéria precisa ser pautada e votada. O Parlamento é isso: metade mais um”, afirmou Caiado, em tom de cobrança.

Na mesma ocasião, Caiado voltou a condenar a postura do presidente Lula (PT) diante da crise comercial provocada pelo tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. O governador goiano lamentou a falta de disposição do presidente para dialogar com o governo norte-americano, liderado por Donald Trump. “O presidente disse que ‘não tem nada a falar com os Estados Unidos’. Isso é inacreditável. Enquanto o país sofre, ele está preocupado é com a eleição de 2026”, disparou.

Caiado contrastou a postura do Planalto com as ações já adotadas pelo governo de Goiás. O Estado mantém articulação direta com a Embaixada dos Estados Unidos para tentar excluir itens estratégicos da lista de produtos taxados. Além disso, foi o primeiro a anunciar medidas emergenciais para proteger empresas impactadas pelas novas tarifas.

No último dia 5, Caiado lançou na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) o Programa de Crédito para o Desenvolvimento de Goiás, que disponibiliza uma nova linha de financiamento para empresas afetadas pela taxação. Também foi criado um comitê de acompanhamento com o setor produtivo. “Já fiz minha parte. O que falta agora é o governo federal sair da inércia e cumprir com seu papel”, finalizou.

---