11/08/25
A gestão de Rogério Cruz (Solidariedade) entregou a Prefeitura de Goiânia em estado de colapso tecnológico, segundo o titular da Secretaria Municipal de Inovação, Ciência e Tecnologia (SicTec), Fábio Christino. Em entrevista ao Jornal Opção, ele classificou a situação encontrada como uma “calamidade tecnológica” e afirmou que, se não fosse a dedicação do quadro técnico, a população já estaria sem acesso a serviços básicos.
“Encontramos uma Prefeitura quebrada tecnologicamente. Se não fosse o comprometimento e a capacidade técnica do time interno, os sistemas teriam parado há muito tempo”, disse. O secretário contou que o diagnóstico inicial foi ainda mais grave do que o esperado: “Imaginávamos que pelo menos o básico estivesse sendo feito, mas não estava. Isso nos assustou.”
Entre os problemas herdados, estavam sistemas fora do ar, infraestrutura defasada e operações dependentes de linguagens ultrapassadas. O desafio imediato foi manter os serviços funcionando enquanto se criava um plano de recuperação. Hoje, 70% dos sistemas municipais ainda operam em tecnologia antiga, o que trava a modernização completa.
Para reverter o quadro, a atual gestão lançou o programa “Goiânia + Digital”, que substituirá o antigo “Cidade Inteligente”. A iniciativa já permitiu, por exemplo, a compra de um novo computador capaz de restabelecer boa parte do sistema de arrecadação — responsável por cerca de 30% das operações digitais do município.
O plano inclui digitalizar todos os processos até 2026, eliminar o uso de papel, integrar dados e implementar soluções de inteligência artificial em áreas como trânsito e mobilidade. Também estão em estudo parcerias público-privadas para ampliar ações de vigilância, monitoramento e serviços preditivos, como sensores para alertar sobre enchentes.
