11/08/25
A Corregedoria da Câmara dos Deputados abriu análise de denúncias contra 14 parlamentares do PL, PP e Novo acusados de impedir o andamento das sessões na última semana. O corregedor Diego Coronel (PSD-BA) recebeu as representações nesta segunda-feira (11) e tem 48 horas para se manifestar sobre pedidos de suspensão imediata ou até cassação dos mandatos. Pelo regimento, esse prazo não pode ser prorrogado quando se trata de aplicação do rito sumário de punição.
O rito sumário autoriza a suspensão preventiva de deputados antes mesmo da conclusão do processo no Conselho de Ética, desde que a Mesa Diretora aprove a medida em até cinco dias úteis após a ocorrência. No caso, o prazo termina nesta sexta-feira (15). Coronel admitiu que pode solicitar mais tempo para casos complexos, mas alertou que isso pode comprometer a agilidade das punições.
Entre os denunciados estão três líderes partidários: Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL; Zucco (PL-RS), líder da oposição; e Marcel Van Hattem (Novo-RS), líder do Novo. A lista inclui ainda Carlos Jordy (PL-RJ), Nikolas Ferreira (PL-MG), Allan Garcês (PP-MA), Caroline de Toni (PL-SC), Marco Feliciano (PL-SP), Domingos Sávio (PL-MG), Zé Trovão (PL-SC), Bia Kicis (PL-DF), Paulo Bilynskyj (PL-SP), Marcos Pollon (PL-MS) e Julia Zanatta (PL-SC).
Além dessas representações, o PL pediu que a deputada Camila Jara (PT-MS) seja punida, acusando-a de empurrar Nikolas Ferreira no plenário. O corregedor afirmou que outros nomes poderão ser incluídos caso surjam indícios de participação nas obstruções durante a análise técnica do episódio.
O parecer de Diego Coronel será entregue à Mesa Diretora, presidida por Hugo Motta (Republicanos-PB), que decidirá se recomenda a suspensão imediata dos parlamentares. A previsão é que as conclusões sejam apresentadas até quarta-feira (13), após reunião com Motta. Caso o corregedor não se pronuncie dentro do prazo, caberá à direção da Casa deliberar se há elementos para acionar o Conselho de Ética e adotar medidas cautelares.