13/08/25
Goiânia ocupa a segunda posição entre as capitais brasileiras com maior participação do governo estadual no financiamento do transporte coletivo por ônibus, segundo o Anuário NTU 2024-2025, divulgado em julho pela Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano (NTU). Apenas Brasília supera a capital goiana, com aporte proporcionalmente maior do Governo do Distrito Federal (GDF).
A elevada participação de recursos públicos no subsídio da operação tem sido fundamental para manter a tarifa estável e acessível aos usuários, além de reforçar a sustentabilidade do sistema. O tema foi discutido nesta terça-feira (12) durante um seminário nacional da NTU, em Brasília, conduzido pelo presidente do Conselho Diretor da entidade, Edmundo Pinheiro, do grupo goiano HP Transportes.
Na Região Metropolitana de Goiânia, a tarifa cobrada dos passageiros está congelada em R$ 4,30 desde 2019. No entanto, o custo real do serviço — chamado de tarifa técnica — subiu de R$ 9,38 em 2023 para R$ 12,51 em maio deste ano.
A diferença entre o valor pago pelo usuário e o custo efetivo é coberta por repasses de diferentes esferas de governo. Atualmente, o Estado e a Prefeitura de Goiânia respondem cada um por 41% do subsídio. As prefeituras de Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Trindade e Goianira completam a divisão, com participações de 9,4%, 4,8%, 2,1% e 1,2%, respectivamente.
Segundo especialistas, o modelo adotado na capital goiana tem evitado reajustes drásticos na passagem e garantido a continuidade dos serviços, mas também exige planejamento de longo prazo para manter o equilíbrio financeiro do sistema diante do aumento dos custos operacionais.