14/08/25
O bispo evangélico Eduardo Costa, conhecido nas redes sociais após ser filmado usando peruca loira e calcinha enquanto caminhava por ruas de Goiânia, é servidor do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) há 44 anos. Segundo dados divulgados pelo portal Metrópoles, ele recebeu, em maio deste ano, R$ 39 mil brutos — valor que, após descontos, ficou em R$ 28,8 mil.
Em postagem feita nas redes sociais no mesmo mês, Eduardo celebrou a trajetória no Judiciário. “Uma história. Um legado (...). Parabéns pra mim. 44 anos de lutas e conquistas”, escreveu. O perfil no Instagram do religioso, que tem cerca de 1,6 mil seguidores e é fechado ao público, traz na biografia a frase “poder e milagres”.
O caso ganhou repercussão nacional depois que vídeos mostrando o bispo andando pelas ruas do Setor Urias Magalhães viralizaram entre os dias 6 e 10 de agosto. Nas imagens, ele aparece em dois momentos: primeiro usando calcinha preta, depois com modelo azul, mas sempre com a mesma peruca loira. Eduardo afirmou que a situação fazia parte de uma “investigação particular” e disse ter sido chantageado antes da divulgação das gravações. Segundo ele, a recusa em pagar teria levado à publicação dos vídeos.
Relatos de moradores e comerciantes indicam que o líder religioso circulava repetidamente pela região durante a madrugada, parando em frente a bares e observando o movimento. Em alguns momentos, a presença dele chegou a causar apreensão. A identidade foi confirmada após a anotação da placa do carro utilizado, registrado no nome de sua esposa, Valquíria Costa.
A repercussão do episódio provocou debates nas redes sociais e chamou atenção pelo contraste entre a atuação religiosa de Eduardo e as circunstâncias em que foi flagrado. O TJ-GO não se pronunciou até o momento sobre a situação.
