Goiânia, 26/08/2025
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Wilder Morais abriga no PL deputado acusado de pedofilia

14/08/25

O deputado federal Professor Alcides Ribeiro, investigado por um suposto relacionamento com um adolescente de 16 anos, continua filiado ao Partido Liberal (PL), presidido em Goiás pelo senador Wilder Morais. Mesmo após anunciar, em janeiro, que deixaria a legenda, o parlamentar segue registrado como integrante do partido e participa ativamente da agenda política da legenda conservadora.

A época do escândalo em que vídeos do deputado em situação de intimidade com um adolescente se tornaram públicos, ele comunicou à direção do PL que deixaria partido. “Em razão de motivos alheios à minha vontade e, após análise cuidadosa de questões políticas e ideológicas que envolvem o cenário partidário, e por questões de foro íntimo, entendo que torna-se necessária minha desfiliação”, anunciou em nota. Porém, o pedido não teve qualquer andamento e, segundo o site da Câmara dos Deputados, a filiação segue ativa.

Além de não ser expulso e nem mesmo cumprir a promessa de desfiliação, Professor Alcides foi convidado para a festa de aniversário de seu principal padrinho político, o senador Wilder Morais, realizada em julho. No evento, o deputado teve espaço para discursar e interagir com os convidados da festa. 

Em vídeo, Alcides registrou sua participação: “Confira melhores detalhes da nossa participação no aniversário do senador Wilder Morais”, escreveu. Em 2024, Wilder Morais foi o principal fiador da candidatura de Professor Alcides na disputa pela prefeitura de Aparecida de Goiânia. O candidato do PL acabou derrotado no segundo turno, um mês antes do escândalo com o adolescente se tornar público. 

 

Escândalo de pedofilia

O caso envolvendo Professor Alcides é apurado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Aparecida de Goiânia, que, em dezembro do ano passado, cumpriu três mandados de prisão e três de busca e apreensão em endereços ligados ao deputado federal. Na ocasião, um segurança particular de Alcides chegou a ser preso.

De acordo com a investigação, o adolescente envolvido teria sido ameaçado com arma de fogo para entregar aparelhos telefônicos e fornecer a senha do iCloud. O objetivo, segundo a Polícia Civil, seria “ocultar relação íntima entre o adolescente e o parlamentar”. Até o momento, a Câmara dos Deputados não adotou qualquer medida sobre o mandato do parlamentar.


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