19/08/25
O discurso inflamado do senador Wilder Morais (PL-GO) durou pouco. Depois de anunciar nas redes sociais que não arredaria o pé do plenário do Senado até ver pautado o projeto contra decisões do ministro Alexandre de Moraes, ele e o grupo de senadores bolsonaristas acabaram recuando e abandonando a mobilização.
Na noite de terça-feira (5/8), Wilder posou como protagonista da obstrução das Mesas Diretoras da Câmara e do Senado, transmitindo em tempo real suas falas e prometendo lutar pela “liberdade”, pelo “fim da censura” e até pelo “impeachment” de Moraes. “Não vamos arredar o pé daqui até que esse projeto seja pautado”, escreveu o goiano.
A realidade, no entanto, foi outra. Em poucas horas, a mobilização perdeu força, não conseguiu pautar nada e terminou em silêncio, com o próprio Wilder recuando de sua postura inicial. A promessa de resistência virou desistência rápida, revelando mais encenação do que efetiva capacidade de articulação política.
No fim, a ocupação não passou de um ato midiático que rendeu alguns vídeos para as redes sociais, mas nenhum resultado concreto. Wilder, que se apresentou como líder de uma cruzada contra o STF, acabou apenas demonstrando que sua ofensiva não passou de fogo de palha.
