20/08/25
Motoristas de aplicativos em Goiânia ainda buscam respostas para uma dúvida recorrente: qual plataforma garante maior rentabilidade. Uma pesquisa realizada pela fintech brasileira Gigu analisou dados de Uber, 99 e Indrive, considerando despesas com combustível, manutenção, aluguel de veículos e carga horária. O estudo traça um retrato inédito da renda líquida dos trabalhadores e da sustentabilidade da atividade, em um setor que raramente divulga números detalhados.
De acordo com o levantamento, os motoristas da capital faturam em média R$ 6,5 mil por mês. Após os custos operacionais, que chegam a R$ 3,5 mil, o ganho líquido é de R$ 13,41 por hora em jornadas de até 54 horas semanais. O maior peso nas despesas é o combustível, que consome R$ 1,9 mil mensais. O estudo também revela que 73,86% utilizam carro próprio, enquanto 26,14% alugam veículos — modalidade que reduz significativamente a margem de lucro.
A pesquisa nacional da fintech ainda aponta a fragilidade social desses profissionais. Sete em cada dez dependem exclusivamente dos aplicativos como fonte de renda, metade trabalha mais de nove horas por dia e 80% não têm qualquer tipo de proteção previdenciária. Além disso, 38% não possuem plano de saúde e 67% estão endividados, o que expõe a vulnerabilidade de quem garante a mobilidade urbana nas grandes cidades.
Para Luiz Gustavo Neves, CEO da Gigu, os dados oferecem ferramentas práticas para que motoristas tenham mais controle sobre suas escolhas. “As plataformas não divulgam essas informações, deixando profissionais no escuro. Queremos ajudá-los a tomar decisões inteligentes, aumentando autonomia e eficiência no trabalho”, afirmou.
Além do estudo, a fintech lançou o jogo “Vida de Motorista”, que simula situações cotidianas da categoria e ensina estratégias para otimizar corridas, reduzir custos e ampliar ganhos.