27/08/25
A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou à Polícia Federal a abertura de investigação contra o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) por suposta difusão de informações falsas envolvendo o Banco do Brasil e a chamada Lei Magnitsky, dos Estados Unidos. O pedido foi protocolado nesta segunda-feira (24) e inclui também o nome do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
No ofício, o Banco do Brasil apontou que Gayer e Eduardo Bolsonaro teriam utilizado suas redes sociais para espalhar conteúdos falsos sobre a atuação do banco diante das sanções impostas pelo Departamento do Tesouro norte-americano, por meio do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC). As mensagens, segundo a instituição, incentivavam correntistas a retirar dinheiro de suas contas, com potencial de gerar pânico no mercado.
A AGU sustenta que houve uma ação articulada de disparo massivo de publicações, “buscando aterrorizar a sociedade com a perspectiva iminente de um colapso no sistema financeiro nacional”. Para o órgão, a conduta configura ameaça à estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e justifica a apuração por parte da Polícia Federal.
Se confirmada a responsabilização, Gayer poderá responder por incitação à desordem financeira, o que amplia sua lista de polêmicas recentes. O parlamentar goiano tem se destacado pela postura agressiva em redes sociais e pelo uso recorrente de narrativas falsas em pautas econômicas e políticas, o que agora coloca seu mandato diretamente no centro de uma investigação de repercussão nacional.