Goiânia, 02/09/2025
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Rogério Cruz e ex-auxiliares viram réus em por improbidade administrativa

29/08/25

A Justiça de Goiás tornou réus o ex-prefeito de Goiânia Rogério Cruz (Solidariedade) e dois ex-auxiliares por supostos atos de improbidade administrativa. A decisão da juíza da 2ª Vara da Fazenda Pública Municipal, Simone Monteiro, atendeu a uma ação do Ministério Público Estadual (MP-GO), que aponta descumprimento de compromissos assumidos pela antiga gestão com o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) em relação ao repasse de informações sobre atos de pessoal e a folha de pagamento do município. Também foram incluídos no processo o ex-secretário de Administração, Denes Pereira, e o ex-controlador-geral, Gustavo Cruvinel.

Segundo a denúncia, a Prefeitura de Goiânia firmou em 2023 um Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) com o TCM, comprometendo-se a alimentar o sistema “Colare Pessoal” com dados sobre promoções, admissões, exonerações, gratificações e demais movimentações de servidores, além da folha de pagamento. Apesar do compromisso, o Ministério Público afirma que nenhuma informação foi enviada durante os quatro anos da gestão de Rogério Cruz, entre 2021 e 2024. O TCM chegou a solicitar um plano de ação detalhado para mitigar riscos e regularizar a situação, mas o pedido não foi atendido.

A juíza entendeu que há indícios suficientes de irregularidades e que a ação deve prosseguir. A promotora Leila Maria de Oliveira, autora do processo, sustentou que os documentos apresentados demonstram a plausibilidade das acusações. O Ministério Público de Contas, em parecer emitido no fim de 2024, classificou a conduta da antiga gestão como “evidente ocultação intencional” de informações, destacando que Goiânia foi o único município goiano a não repassar dados ao TCM no período.

Se condenados, Rogério Cruz e os ex-secretários poderão perder os direitos políticos, ficar impedidos de ocupar cargos públicos e ser obrigados a ressarcir os cofres municipais. A ação foi apresentada em 15 de agosto e aceita no último dia 25. Procurado, o ex-prefeito afirmou que ainda não foi notificado, enquanto os dois ex-auxiliares não se manifestaram até o fechamento desta edição. O trio tem até 30 dias para apresentar defesa prévia ao Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO).


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