31/08/25
O deputado federal Reimont (PT-RJ) foi o responsável por encabeçar a representação apresentada na última sexta-feira (29/8) ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Gustavo Gayer (PL-GO). O documento, assinado também por outros 21 parlamentares petistas, acusa os dois de disseminarem informações falsas com potencial de provocar pânico financeiro e corrida bancária.
Entre as declarações destacadas no pedido estão a de Eduardo Bolsonaro — “O Banco do Brasil será cortado das relações internacionais, o que vai levá-lo à falência” — e a de Gustavo Gayer — “Tirem seu dinheiro dos bancos. Moraes vai quebrar o Brasil”. Para Reimont, “as declarações de conteúdo manifestamente falso, foram reproduzidas e amplificadas em redes bolsonaristas, com o claro intuito de semear pânico financeiro, induzindo correntistas e investidores a acreditarem que a instituição financeira pública estaria em situação de colapso iminente”.
Os parlamentares argumentam que as falas também associaram falsamente o Banco do Brasil à Lei Magnitsky, sugerindo risco de sanções internacionais. O texto ressalta que a instituição é “símbolo da soberania nacional e peça-chave para o desenvolvimento do país”, e que atacá-la com notícias falsas ameaça a economia de milhões de brasileiros.
A representação aponta possível violação à Lei do Sistema Financeiro Nacional, à Lei de Crimes contra a Economia Popular e à Lei de Organização Criminosa. O documento também relaciona as declarações à rede de desinformação já investigada no Inquérito 4995.
Os parlamentares pedem que o STF e a PGR adotem medidas cautelares, incluindo bloqueio de perfis digitais, suspensão de passaportes e até mesmo a suspensão dos mandatos de Eduardo Bolsonaro e Gustavo Gayer. Os citados ainda não se manifestaram sobre a ação.
