03/09/25
O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Bruno Peixoto (União Brasil), não apenas aceitou protagonizar um vídeo polêmico em que simula ser torturado por afogamento dentro de um tonel para anunciar o concurso público da Casa. A gravação divulgada no último domingo (30/8) foi, na verdade, a versão “suavizada” entre duas propostas apresentadas por sua equipe de comunicação.
A alternativa descartada previa que o deputado aparecesse com uma faca encostada no pescoço, em cena de ameaça explícita, também para servir de gancho à divulgação do certame. Diante do inusitado cardápio de opções, Peixoto escolheu a encenação que reproduz uma prática de tortura por afogamento — decisão que, mesmo assim, não o poupou de críticas sobre falta de decoro, insensibilidade e exposição constrangedora.
A revelação da segunda proposta reforça o debate sobre os limites da comunicação política nas redes sociais e a banalização de temas sensíveis em busca de repercussão digital. Ao transformar anúncios institucionais em performances de gosto duvidoso, o presidente da Alego acabou expondo ainda mais sua imagem e a do Legislativo goiano a um desgaste público difícil de contornar.
