07/09/25
A Lex Instituto de Estudos Jurídicos, empresa da família do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), passou a ser alvo de articulações da ala bolsonarista, que discute a possibilidade de incluí-la em medidas semelhantes às previstas pela chamada Lei Magnitsky. A companhia foi criada no início dos anos 2000 pelo próprio ministro e, desde 2013, está sob responsabilidade de sua esposa, Viviane Barci de Moraes, e dos filhos do casal.
O patrimônio registrado inclui 11 imóveis em São Paulo, entre eles a residência do ministro, o escritório de Viviane e apartamentos em Campos do Jordão. Segundo dados divulgados, o capital da empresa soma R$ 12,4 milhões. Cada unidade em Campos do Jordão teria valor aproximado de R$ 4 milhões, enquanto um apartamento de alto padrão no Guarujá foi vendido por R$ 1,26 milhão.
De acordo com apuração do jornal O Globo, lideranças bolsonaristas citam a empresa como possível alvo de ofensiva internacional. Entre os articuladores estão o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o comentarista Paulo Figueiredo, que mantêm contatos com autoridades norte-americanas para pressionar por sanções a ministros do STF que julgam o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados no processo sobre tentativa de golpe de Estado.
Fontes apontam que a expectativa é usar a Lex como “trunfo” para ampliar barreiras econômicas antes mesmo do desfecho do julgamento.
Registrada no Cadastro Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) como instituição de “treinamento em desenvolvimento profissional e gerencial”, a Lex mantém sede no mesmo prédio do escritório de advocacia de Viviane Barci, em São Paulo. O endereço é o mesmo em que Alexandre de Moraes atuava antes de assumir cargos públicos.