07/09/25
A informação de que a deputada federal Adriana Accorsi (PT) poderia disputar o governo de Goiás em 2026 circulou nas últimas semanas, mas foi negada por lideranças internas. O partido deve priorizar a eleição de até três deputados federais e vê em Adriana a principal responsável por garantir consistência à chapa proporcional.
Segundo dirigentes ouvidos pelo jornal Opção, a estratégia nacional do PT e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é ampliar a bancada federal para assegurar governabilidade. “Adriana Accorsi não será candidata a governadora, e sim a deputada federal, em 2026”, disse uma das fontes. Além dela, o partido deve apostar em Rubens Otoni, Edward Madureira e Delúbio Soares.
Embora a prioridade esteja na Câmara dos Deputados, a legenda admite enfrentar dificuldades na definição de nomes para governador e senador. Setores internos chegaram a sugerir Fabrício Rosa, vereador em Goiânia, como candidato ao governo, mas ele já manifestou preferência por disputar vaga na Assembleia Legislativa. Há também quem cite a ex-deputada Denise Carvalho, que em 2022 teve votação expressiva ao Senado.
A vereadora Aava Santiago, hoje filiada ao PSDB, aparece em conversas como possível nome para a Câmara dos Deputados, mas não necessariamente pela atual sigla. “Talvez vá para o PV”, afirmou uma fonte.
Parte do debate envolve ainda a possibilidade de diálogo com o ex-governador Marconi Perillo (PSDB). Um ex-deputado petista relata que tucanos retomaram conversas com lideranças do PT. “Marconi deve conversar com Gleisi Hoffmann e Adriana Accorsi”, disse. A avaliação é de que a direita em Goiás deve se dividir entre Daniel Vilela (MDB) e Wilder Morais (PL), o que pode abrir espaço para novos arranjos.
Mesmo assim, a alternativa de chapa própria do PT continua em pauta. “O partido enfrenta um problemão: não tem nomes para governo ou Senado. Mas a prioridade segue sendo a eleição de três deputados federais. Os nomes majoritários devem ser definidos mais adiante”, resume um dirigente.
