13/09/25
O senador Wilder Morais (PL), empresário com investimentos em shopping centers e no setor da construção, foi alvo de críticas de representantes do agronegócio goiano após se alinhar publicamente ao ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e apoiar medidas tarifárias que encarecem as exportações brasileiras. A posição contraria, segundo produtores e dirigentes do setor, os interesses de quem atua na produção de grãos, carne e minérios no Estado.
Wilder, dono do Shopping Bougainville (em sociedade), do Shopping Anápolis e da Construtora Orca, sempre defendeu a livre iniciativa. Sua trajetória política, marcada pela proximidade com o bolsonarismo, é vista como mais pragmática do que ideológica. No entanto, ao se somar à retórica pró-Trump no 7 de Setembro, o senador recebeu críticas por “jogar contra” os produtores nacionais, justamente o segmento que, em tese, deveria representar.
O aumento de tarifas imposto por Trump não atinge diretamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas, na avaliação de especialistas do setor, fortalece o discurso nacionalista do governo e atinge os exportadores brasileiros. Lideranças do agronegócio, como Flávio Faedo, Paulo do Vale, José Mário Schreiner (presidente da Federação da Agricultura do Estado de Goiás – Faeg), Antonio Chavaglia (presidente da Comigo), Marcelo Suartz e Vitalli Cassol, certamente não aprovam o posicionamento do senador que vai na direção contrária aos interesses de Goiás.
Mesmo aliados de Wilder, como o produtor Lissauer Vieira (PL), conforme o jornal Opção, é provável que o discurso pró-Trump não encontra apoio entre empresários e agricultores do Estado.