Goiânia, 17/09/2025
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PT vive dilema em eleições para governador em 2026

16/09/25

O Partido dos Trabalhadores em Goiás se encontra diante de um dilema estratégico para as eleições de 2026. De um lado, a necessidade de apresentar uma candidatura ao governo estadual capaz de servir de palanque para a reeleição do presidente Lula. De outro, a ausência de nomes fortes no partido dispostos a encarar a disputa, o que abre espaço para negociações complexas com aliados da frente progressista.

À frente da legenda, a deputada federal Adriana Accorsi descarta, mais uma vez, ser candidata ao governo, mesmo aparecendo em pesquisas de intenção de voto. Ela agradece por ser lembrada, mas reforça que sua prioridade será buscar a reeleição à Câmara dos Deputados. No entanto, como presidente estadual do PT, caberá a ela conduzir as articulações políticas em torno da escolha do nome que representará a aliança de esquerda em Goiás.

Adriana tem deixado claro que a candidatura ao governo em 2026 terá como principal missão sustentar a campanha nacional de Lula. “Será um palanque para o Presidente Lula, para a reeleição do Presidente Lula”, afirmou em entrevista ao Diário de Goiás. O desafio é encontrar um nome competitivo para essa função em um cenário onde o PT não dispõe de quadros consolidados para a disputa majoritária no estado.

Nesse contexto, a saída encontrada pela direção petista é abrir o leque e negociar com outros partidos da frente progressista. Adriana já sinalizou que não há imposição de que a cabeça de chapa seja do PT, o que coloca na mesa opções vindas de legendas como PCdoB, PSOL e até o MDB lulista. A equação, porém, não é simples: o PT precisa conciliar sua estratégia nacional com a realidade local, onde a força eleitoral é limitada. O resultado é um dilema que se arrasta — fortalecer o partido no estado ou ceder espaço em nome de um palanque competitivo para Lula.


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