03/10/25
Bancários denunciaram o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) ao Supremo Tribunal Federal (STF) por declarações feitas nas redes sociais em agosto, nas quais afirmou que o Banco do Brasil poderia “falir” caso não respeitasse a Lei Magnitsky, legislação norte-americana criada em 2012 no governo Barack Obama. A lei prevê sanções a agentes estrangeiros envolvidos em violações de direitos humanos, mas não se aplica ao sistema financeiro brasileiro, o que torna a fala do parlamentar infundada.
O deputado federal Reimont (PT-RJ) formalizou pedido para que Gayer seja investigado por divulgação de informações falsas sobre instituições financeiras, crimes contra a economia popular, crimes contra a ordem econômica e possível associação criminosa. O ministro do STF, Alexandre de Moraes, determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre o caso.
Segundo dirigentes sindicais, as declarações provocaram temor entre clientes de alta renda, que retiraram valores significativos do Banco do Brasil e migraram para instituições privadas, afetando o resultado do banco. Para os bancários, a ação faz parte de uma estratégia de desestabilização da economia nacional por meio da propagação de notícias falsas.
“O que estamos vendo é mais um ataque irresponsável da extrema-direita para enfraquecer instituições sólidas do país”, afirmou Alexandre Batista, diretor do Sindicato dos Bancos Públicos do Rio de Janeiro. Ele destacou que a categoria continuará mobilizada em defesa do Banco do Brasil, “uma instituição secular, fundamental para o financiamento da agricultura familiar, de grandes projetos e para a economia popular em todo o Brasil”
