06/10/25
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) concedeu neste sábado (4) uma liminar determinando a soltura do médico Iram de Almeida Saraiva Júnior, de 38 anos, preso desde quarta-feira (1º) sob suspeita de estuprar uma criança de 3 anos. A decisão foi assinada pela desembargadora Gizelda Leitão Teixeira, que apontou a ausência de provas concretas da existência do crime e de indícios suficientes de autoria até o momento.
Iram, que já exerceu mandatos como deputado estadual por Goiás e vereador em Goiânia, foi detido por agentes da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav) em um apartamento na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O médico atuava profissionalmente em Niterói, na Região Metropolitana. A prisão preventiva havia sido solicitada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) após uma investigação de seis meses, que incluiu entrevistas especiais com a criança e apreensão do celular do investigado.
Em nota, a defesa de Iram Saraiva afirmou que ele é vítima de uma “grave acusação falsa” e classificou a liminar como uma “vitória dos princípios constitucionais da presunção de inocência e da dignidade humana”. Os advogados acrescentaram que confiam no reconhecimento da inocência do médico ao fim do processo judicial.
Além da acusação de estupro de vulnerável, o ex-parlamentar também é investigado por injúria e perseguição contra a ex-esposa. O inquérito, conduzido pela 16ª Delegacia de Polícia (Barra da Tijuca), foi encaminhado ao Ministério Público, que devolveu o caso à Polícia Civil para a realização de novas diligências antes da conclusão das apurações.