11/10/25
A Câmara dos Deputados rejeitou na quarta-feira (8/10) a Medida Provisória 1.303/2025, que pretendia alterar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Com a queda da MP, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixará de arrecadar cerca de R$ 31,4 bilhões nos anos de 2025 e 2026 — e o impacto deverá marcar o restante do mandato.
A oposição articulou a retirada da proposta da pauta com 251 votos favoráveis, enquanto a base somou 193 votos, fazendo com que o mérito nem chegasse a ser analisado. A MP perdeu a validade na quinta-feira (9/10).
Nas redes, apoiadores de Jair Bolsonaro saudaram a queda da medida como alívio à carga tributária sobre brasileiras e brasileiros. Entre eles, o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) postou vídeo celebrando o revés do governo no Congresso.
Criticamente, a comemoração de Gayer soa seletiva: a rejeição da MP beneficia setores como bancos e empresas de apostas, que seriam menos impactados com a manutenção da alíquota atual. Para quem se posiciona como farol da “liberdade econômica”, a celebração parece endossar uma agenda que protege concentração financeira mais do que favorece o cidadão comum.