12/10/25
Presidente estadual do PSD em Goiás, o senador Vanderlan Cardoso negou que o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) vá assumir o controle da legenda no Estado. O esclarecimento foi feito após a circulação, na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), de informações de que o ex-tucano estaria negociando a direção estadual do PSD com o presidente nacional da sigla, Gilberto Kassab.
“Vira e mexe plantam a história de que Marconi Perillo irá assumir o comando do PSD em Goiás. Mas posso garantir: não existe nada disso. Estive com Gilberto Kassab em Brasília há poucos dias, e nada foi falado sobre o assunto”, afirmou Vanderlan ao jornal Opção.
O senador destacou que Kassab “não interfere nas decisões do Estado” e citou o exemplo de 2022, quando Vilmar Rocha e Wilder Morais disputaram internamente a candidatura ao Senado. “Em nenhum momento Kassab interferiu para impor um nome. Respeitou a decisão local”, disse.
Vanderlan acrescentou que a eventual entrada de Marconi Perillo no partido dependeria de sua anuência. “Sem minha anuência, não teria como Marconi chegar e, de repente, assumir o controle do PSD. O partido é presidido por um senador com ampla experiência política”, declarou.
O dirigente também negou qualquer tratativa com o ex-governador. “Não mantive nenhuma conversa com Marconi Perillo sobre possível filiação ao PSD. Tudo que se publicar ou dizer a respeito não procede. Segundo ele, recebeu recentemente representantes da Associação de Ex-Prefeitos, que manifestaram apoio à sua candidatura ao Senado, “sem impor condições”.
Ao ser questionado sobre as eleições de 2026, Vanderlan disse que a tendência é integrar a base governista. “A maioria dos filiados do PSD quer isto. Mas preciso estabelecer diálogo com o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) e com o pré-candidato do MDB, Daniel Vilela. A conversa irá acontecer em algum momento”, afirmou.
Sobre Gustavo Mendanha, que também pretende concorrer ao Senado pelo PSD, o senador afirmou que não há impedimento à candidatura. “No início, Gustavo disse que planejava ser vice de Daniel Vilela. Então, eu disse: ‘Eu o apoio para vice se vir para o PSD’. Não disse que ele não pode disputar mandato de senador. Como são duas vagas, ele pode ser candidato, dependendo de se viabilizar”, explicou.
Vanderlan concluiu afirmando que vê a multiplicidade de candidaturas ao Senado dentro do partido como fator positivo. “Quanto mais candidatos a senador, melhor para mim, porque tenho serviços prestados em todo o Estado. Sou conhecido e, portanto, um referencial político. Sou o segundo voto de praticamente todos os pré-candidatos”, afirmou.
