31/10/25
Em videoconferência realizada um dia após a Operação Contenção — que teve como alvo o avanço da facção Comando Vermelho e resultou em 121 mortes no Rio de Janeiro, na terça-feira (28/10) —, o governador Ronaldo Caiado colocou à disposição do governo fluminense o envio de forças de elite para reforçar o patrulhamento na capital carioca. A oferta inclui equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar, e do Grupo Tático 3 (GT3), da Polícia Civil, unidades reconhecidas pelo treinamento rigoroso e atuação em situações de alto risco.
Criado em 1999, o GT3 é formado por agentes da Polícia Civil que passam por um treinamento intensivo de três meses, com exigência física e mental elevada. O grupo atua exclusivamente em ocorrências graves e de pronto emprego, como assaltos a bancos, sequestros, resgate de reféns e ações em áreas de difícil acesso. Os policiais recebem preparo especializado para o uso de armamentos pesados e equipamentos de tecnologia avançada. A unidade conta ainda com snipers (atiradores de elite), especialistas em explosivos e negociadores, que são acionados apenas em operações de alta complexidade.
O Bope da Polícia Militar de Goiás, criado em 1989 após um caso de sequestro que ganhou repercussão nacional, segue a mesma linha de especialização. Seus integrantes passam por cursos intensos de formação e aperfeiçoamento, voltados ao enfrentamento de ocorrências com risco extremo para civis e agentes de segurança. Assim como o GT3, o Bope dispõe de snipers e técnicos em explosivos, além de equipes treinadas para operações em ambientes urbanos, rurais e de mata fechada.
Nos últimos anos, as forças especiais goianas têm atuado em apoio a outros estados. Em 2023, o Bope de Goiás participou das buscas por uma quadrilha que atacou um quartel da Polícia Militar e explodiu uma transportadora de valores em Confresa (MT), operação que durou 39 dias e terminou com 18 criminosos mortos e cinco presos. A unidade também enviou equipes ao Rio Grande do Sul para auxiliar no patrulhamento durante as enchentes do ano passado. Segundo apuração do Mais Goiás, tanto o Bope quanto o GT3 contam, juntos, com cerca de 150 agentes altamente treinados para atuação tática e situações de crise.
