03/11/25
A prefeita de Formosa, Simone Ribeiro, vive hoje seu momento mais crítico desde que assumiu o cargo e já é apontada nos bastidores como forte candidata a sofrer impeachment. Após romper politicamente com o vice-prefeito Ramos Somar e fracassar na construção de uma base mínima de sustentação na Câmara Municipal, a gestora se isolou e perdeu capacidade de articulação. O resultado é um governo enfraquecido, incapaz de aprovar até mesmo projetos básicos, como o reajuste do IPTU.
Simone apostou na estratégia de governar sem diálogo político e, segundo aliados, teria sido orientada por um assessor a ignorar a Câmara. O cálculo, porém, saiu caro. Sem maioria, a prefeita acumula derrotas seguidas, perde apoio e já enfrenta movimentos dentro do Legislativo que discutem abertamente a abertura de um processo de impedimento.
A avaliação entre vereadores é de que a prefeita “não faz política” e, por isso, será “expurgada da política”, como ocorre com gestores que subestimam a importância da articulação institucional. Hoje, mesmo antigos aliados admitem que a queda é questão de tempo — e que, se o impeachment avançar, Simone terá de enfrentar o processo praticamente sozinha.
O clima em Formosa é de inevitabilidade: a prefeita perdeu o vice, perdeu a base e pode estar prestes a perder o mandato. Se o rompimento com Ramos Somar foi o primeiro passo da crise, a falta de habilidade política pode ser o último capítulo de uma gestão que se isolou do próprio poder que deveria sustentá-la.
