05/11/25
O PT de Goiás reconhece que terá dificuldades para montar um palanque competitivo para o presidente Lula nas eleições de 2026. A avaliação é do advogado da sigla, Edilberto Dias, o “Didi”, que admite entraves na definição de nomes tanto para a disputa ao governo quanto ao Senado. Internamente, o partido trabalha para evitar nova retração de votos, já que os candidatos petistas ao governo registraram queda sucessiva nas últimas três eleições. A declaração foi dada ao jornalista Guilherme Coelho, do Portal Z.
O principal desejo do partido seria lançar a deputada federal Adriana Accorsi como cabeça de chapa, mas a tendência é que ela concentre esforços na própria reeleição e no comando da estrutura partidária durante o pleito. Com isso, cresce nos bastidores a possibilidade de o PT apoiar um nome de fora da legenda, como o ex-governador José Eliton, que está em processo de desfiliação do PSB. “Se der certo, é um ótimo candidato”, afirmou Didi, confirmando que as negociações com Eliton estão em andamento e são conduzidas diretamente por Accorsi.
Outros nomes seguem no radar petista, como a vereadora Kátia Maria, que disputou o governo em 2018, e o vereador Edward Madureira, segundo mais votado em Goiânia. O deputado federal Rubens Otoni também é citado pela militância, mas não há consenso sobre uma candidatura majoritária. Pessoas próximas a Kátia avaliam que o cenário atual é mais favorável a uma disputa para a Assembleia Legislativa, após o desempenho expressivo que ela teve em 2022.
O desafio do PT é reverter a queda de competitividade em Goiás: em 2014, Antônio Gomide teve 319 mil votos ao governo; em 2018, Kátia Maria ficou com 271 mil; e em 2022, o Professor Wolmir Amado encerrou a disputa com 243 mil votos. A prioridade agora é encontrar um nome com densidade eleitoral suficiente para sustentar o palanque de Lula no estado — algo que, internamente, ainda parece distante de uma solução definitiva.
