06/11/25
Um impasse político se formou entre a deputada federal Magda Mofatto (PRD) e o grupo do presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Bruno Peixoto, que deixará o União Brasil para assumir o comando da federação PRD–Solidariedade em março de 2026. A tensão ocorre porque a formatação da chapa para a disputa à Câmara dos Deputados pode reduzir as chances de reeleição de Magda, que integra a lista preliminar de pré-candidatos ao lado de Bruno Peixoto, Henrique Arantes e Lucas Calil.
O cálculo eleitoral feito nos bastidores indica que, se a federação não atrair novos nomes com peso eleitoral, deverá eleger no máximo dois deputados federais em 2026. Nesse cenário, os mais cotados seriam Bruno Peixoto e Lucas Calil, deixando Magda de fora. A situação muda apenas se Peixoto alcançar a votação estimada por aliados — cerca de 200 mil votos — o que permitiria à federação conquistar três cadeiras e manter a deputada no mandato.
Diante do risco, Magda iniciou articulações paralelas e sondou a possibilidade de retorno ao PL, legenda pela qual foi eleita em 2022. Segundo interlocutores, o presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, sinalizou que não se oporia à volta dela, mas deixou claro que a decisão depende da direção estadual, comandada politicamente por Gustavo Gayer, responsável pela montagem da chapa para deputado federal em 2026.
O movimento, porém, encontrou resistência interna. Um integrante do PL, em Brasília, questionou a conveniência de reabrir espaço para Magda após sua saída da sigla: “Por que não serviu para ficar no partido, mas serviria agora para disputar o mandato?”, afirmou. O comentário foi interpretado como um mau sinal para a deputada, que ainda aguarda uma posição oficial de Gayer — que, até o momento, não se manifestou publicamente sobre o assunto.
