06/11/25
O distanciamento entre o senador Wilder Morais e o deputado federal Gustavo Gayer expôs um racha definitivo no comando do PL em Goiás. O conflito, antes restrito aos bastidores, ganhou dimensão pública após a movimentação do ex-presidente Jair Bolsonaro, que passou a intervir diretamente na estratégia eleitoral do partido para 2026. Enquanto Gayer se alinhou ao plano nacional, Wilder resiste e tenta manter seu próprio projeto político.
A ruptura ficou mais evidente após Bolsonaro telefonar ao vereador Major Vitor Hugo pedindo que ele desistisse da disputa ao Senado para abrir espaço na chapa articulada pelo PL. No dia seguinte, Vitor Hugo recuou e anunciou que será candidato a deputado federal, gesto interpretado como alinhamento total ao grupo de Gayer.
Desde então, Gustavo Gayer e Vitor Hugo passaram a defender a estratégia bolsonarista de priorizar a eleição de um senador pelo PL em 2026, em possível aliança com Daniel Vilela (MDB) ao governo e Gracinha Caiado (UB) ao Senado. A equação deixa Wilder fora do centro da campanha, já que o senador insiste em disputar o governo do Estado — um movimento que contraria o projeto nacional do partido.
Isolado dentro da própria sigla, Wilder Morais mantém a pré-campanha e tenta resistir ao cerco político, apostando que sua candidatura ao governo de 2026 funcione como vitrine para um projeto maior em 2030. Nos bastidores, porém, a leitura é de que a crise interna já não tem retorno e que o PL caminha para uma disputa aberta de controle entre o grupo bolsonarista e o senador.
