10/11/25
Há um consenso crescente entre lideranças partidárias de que Gustavo Mendanha deve deixar o PSD nos próximos meses. Integrantes da própria sigla avaliam que o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia perdeu espaço interno e dificilmente continuará no partido. Mendanha ingressou na legenda com a promessa de disputar o Senado em 2026, mas o cenário político indica que o espaço reservado a ele pode não se concretizar.
A avaliação é reforçada pela posição do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, que já declarou publicamente apoio à reeleição do senador Vanderlan Cardoso. O parlamentar intensificou nos últimos meses sua agenda política e vem articulando com aliados para consolidar sua candidatura. Nos bastidores, a leitura é de que Kassab não pretende abrir mão do projeto de Vanderlan para acomodar Mendanha, o que isola o ex-prefeito dentro da legenda.
Mesmo assim, Mendanha insiste que permanece no PSD e reafirma sua intenção de concorrer ao Senado. Ele tem descartado qualquer possibilidade de disputar outro cargo, como o de deputado federal, e assegura que seu projeto eleitoral será mantido — com ou sem o apoio do partido. Porém, um novo fator pode inviabilizar sua candidatura em 2026: a possível aliança entre o MDB, de Daniel Vilela, e o PL, de Jair Bolsonaro.
Caso o acordo se concretize, o PL ficaria com a segunda vaga ao Senado na chapa governista — a primeira já reservada à primeira-dama, Gracinha Caiado. Nesse cenário, Mendanha ficaria sem espaço e já teria sinalizado a Daniel Vilela que abriria mão da disputa, assumindo papel de articulador político na campanha do vice-governador. Com isso, tanto ele quanto Vanderlan poderiam acabar fora da corrida pela vaga na chapa apoiada pelo governo.
