29/11/25
A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (28), a Operação Check-up 192 para cumprir nove mandados de busca e apreensão em Goiânia e Aparecida de Goiânia. A ação, que contou com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU), investiga suspeitas de desvio de recursos, irregularidades na manutenção de ambulâncias e serviços simulados na frota do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) durante a gestão do ex-prefeito Rogério Cruz (Solidariedade).
A investigação mira servidores municipais, empresários e pessoas físicas que teriam participado de um esquema de pagamentos indevidos entre 2022 e 2024. Segundo a CGU, auditoria realizada à época pelo Ministério da Saúde apontou indícios de fraude que podem ter causado prejuízo de quase R$ 12 milhões ao Samu de Goiânia, quando Durval Pedroso ocupava a Secretaria de Saúde.
Os investigadores afirmam que várias ambulâncias ficaram paradas por meses, mas continuaram gerando despesas de manutenção como se estivessem em operação. Também há indícios de superfaturamento, notas fiscais suspeitas e reparos feitos em oficinas não credenciadas. Os relatórios indicam que os gastos continuaram mesmo com veículos inativos, o que pode ter comprometido a oferta de atendimento de emergência na capital.
A operação ocorre após levantamentos que identificaram registros de serviços inconsistentes, pagamentos antecipados e possíveis contratos irregulares. O caso segue sob análise da PF e da CGU, que recolheram documentos e equipamentos em buscas realizadas nas duas cidades.
