Goiânia, 18/12/2025
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Após indiciamento pela PF, Gustavo Gayer nega desvio de verbas parlamentares

14/12/25

O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) negou ter cometido irregularidades após ser indiciado pela Polícia Federal por suspeita de desvio de verbas parlamentares. Em vídeo publicado nas redes sociais, o parlamentar contestou a investigação e fez críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Gayer foi indiciado pelos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e peculato-desvio. Também constam no inquérito o filho do deputado e integrantes de seu gabinete na Câmara dos Deputados.

De acordo com a investigação, os envolvidos teriam participado de fraude documental para a criação de uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), com a finalidade de favorecê-la futuramente com recursos de emendas parlamentares.

No vídeo, Gayer afirmou que, ao assumir o mandato em 2022, foi procurado por um assessor com a proposta de buscar interessados em criar OSCIPs. Segundo ele, a justificativa apresentada foi a de que a direita contaria com menos entidades desse tipo do que a esquerda.

“Aí eles pegaram uma transação minha onde eu estava dando dinheiro para ajudar a contabilidade, para o trem tocar. Que não recebeu emenda, preste bastante atenção, ela não recebeu emenda nem está elegível para receber emenda. Mas o Alexandre de Moraes disse que eu estava fazendo isso porque no futuro eu iria desviar emenda”, afirmou.

O deputado também comentou outro ponto apurado pela Polícia Federal, relacionado ao funcionamento de seu escritório político no mesmo endereço em que estava registrada a escola de inglês Gayer e Gayer Idiomas.

Segundo o parlamentar, em 2020 ele entregou o imóvel onde funcionava a escola por causa da pandemia, passando a atuar de forma on-line. Ele afirmou que retornou ao local apenas em 2022, quando instalou um escritório político, de onde produzia um podcast e comercializava produtos de apoio ao então candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PL).

Gayer declarou ainda que, mesmo após assumir o mandato e utilizar o espaço como escritório político custeado com recursos da Câmara dos Deputados, o contrato social das empresas não foi alterado por esquecimento.


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