29/02/24
Na última semana, o presidente do PSDB, Marconi Perillo, expressou seu descontentamento ao ex-presidente Michel Temer sobre a presença do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), em um ato convocado por Jair Bolsonaro (PL) no último domingo, 25. Segundo Perillo, Nunes não deveria ter participado do evento se buscasse o apoio do PSDB. O prefeito, no entanto, esteve presente ao lado de Tarcísio de Freitas (Republicanos), com participação discreta.
Além de manifestar sua insatisfação com a participação de Nunes, Perillo afirmou que o PSDB gostaria de ter influência na escolha do candidato a vice na chapa do emedebista. Temer, por sua vez, mencionou que o MDB havia aconselhado Nunes a não comparecer ao evento, mas o prefeito já havia tomado sua decisão. A escolha do vice de Nunes deve ser indicada pelo PL, principal partido da coalizão liderada pelo emedebista. Temer ressaltou que as ponderações na conversa devem ser analisadas ao longo do tempo e enfatizou a boa relação entre os partidos.
Perillo, por meio de sua assessoria de comunicação, negou à Folha ter tratado desse tema com o ex-presidente. Enquanto isso, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, pré-candidato à presidência pelo PSDB em 2026, expressou ao jornal O Globo sua visão de que o partido não deve apoiar Nunes, argumentando que o prefeito se associou a Bolsonaro, indo contra a busca do PSDB por representar uma alternativa na atual polarização política.
No âmbito do PSDB, as opções avaliadas são lançar uma candidatura própria ou apoiar Tabata Amaral (PSB). Apesar da possível redução na representação do PSDB na Câmara Municipal, onde atualmente conta com oito vereadores, o partido mantém um peso simbólico relevante na campanha de Nunes, que assumiu a prefeitura com a morte de Bruno Covas em 2021.
